terça-feira, 21 de junho de 2016

Assembleia estadual do MPP no Rio Grande do Norte avalia a trajetória do movimento

Mais uma Assembleia Estadual do MPP (Movimento dos Pescadores e Pescadoras artesanais) foi realizada. Dessa vez, foi no dia 10 de junho, na praia de Piranji do Sul, em Nísia Floresta, no estado do Rio Grande do Norte. Cerca de 60 pescadores e pescadoras estiveram presentes no encontro que discutiu alguns dos problemas que estão afligindo os trabalhadores da pesca em todo o Brasil, como o cancelamento dos Registros Gerais de Pesca (RGP) e a dificuldade de acesso ao Seguro-defeso.

O encontro funciona também como um espaço de debate e avaliação da trajetória do MPP. “Fizemos uma discussão sobre o que o movimento alcançou de bom nesse tempo e o que ainda precisa ser alcançado”, explica a pescadora Celia Farias, uma das coordenadoras nacionais do MPP. Celia avalia positivamente o encontro. “Conseguimos fazer um momento cultural apresentando a nossa história e conseguimos discutir sobre os nossos direitos e a campanha do Território”, analisa.

Os temas da identidade e da conquista do Território Pesqueiro apresentados no encontro do Rio Grande do Norte, têm feito parte das discussões do MPP desde a sua origem. As constantes ameaças que as populações tradicionais têm sofrido, devido ao surgimento de grandes empreendimentos que colocam em risco a permanência e sobrevivência dessas populações também entram em discussão na Assembleia Nacional que será realizada entre os dias 23 e 26 de agosto, na comunidade de Batoque, em Aquiraz, no Ceará, tendo como tema “Pesca Artesanal: Identidade, Cultura, Soberania e Resistência - Poder para o nosso povo…” e o lema “Resistir, garantir e continuar. A biodiversidade queremos preservar...”.

As Assembleias estaduais do MPP, que acontecem desde o ano passado, servem como preparação para a Assembleia Nacional que tem a expectativa de reunir 1000 pescadores e pescadoras de todo o Brasil. “Acredito que a Assembleia Nacional vai ser importante para a troca de informações de pescadores e pescadoras de todo o país. Vamos compartilhar as dificuldades e o que precisamos melhorar”, acredita Celia. Ela também pensa que será a oportunidade de apontar novos rumos. “O encontro vai passar uma lição de vida e trazer novidades para a pesca artesanal”, diz confiante.

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