quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Violência contra os manifestantes

O segundo dia (23/11) de protestos do Grito da Pesca Artesanal foi marcado pela ação violenta e truculenta do Estado brasileiro. Cerca de 500 manifestantes entre pescadores, pescadoras, índios, quilombolas e quebradeiras de coco foram impedidos de ter acesso ao Anexo II da Câmara dos Deputados, onde pretendiam acompanhar a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Funai e do Incra 2, que estava marcada para ocorrer às 11 horas.



A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados barrou as duas entradas de acesso. Os manifestantes buscaram a negociação, tentaram entrar no Anexo 2 da Câmara, onde ocorreria a reunião da CPI, e acabaram dispersados com grande quantidade de spray de pimenta, pulverizado diretamente no rosto de diversas pessoas, inclusive de algumas crianças, que acabaram passando mal. Em seguida, as entradas e saídas dos anexos que dão acesso à sala da Comissão foram bloqueadas pela segurança e assim permaneceram pelas horas seguintes.
Na reunião, sem o “incômodo” da presença dos povos e comunidades tradicionais, a CPI aprovou seu plano de trabalho e dois requerimentos, sendo um deles de transferência e acolhimento dos documentos da versão anterior da CPI.

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