José Sebastião Barros - Zé Menino |
Vaqueiros de fazenda próxima de onde os pescadores plantavam, iniciaram um tiroteio depois que Zé Menino e seu irmão foram expulsar o gado que estava invadindo a plantação deles. Zé Menino, ainda ferido, atirou em auto-defesa num dos vaqueiros que foi hospitalizado. Há anos a área é usada por algumas famílias da Boa Vista que plantam numa croa (ilha).
O conflito, que dura 5 anos, teve outros episódios de violência. O vaqueiro já havia, inclusive, posto fogo na plantação dos irmãos. Ultimamente o gado do fazendeiro vinha entrando no roçado dos pescadores, porque tinha se tornado uma prática comum dos funcionários da fazenda abrir o portão para o gado pastar fora. O vaqueiro, segundo informações, é conhecido por ter cometido outros assassinatos.
O conflito, que dura 5 anos, teve outros episódios de violência. O vaqueiro já havia, inclusive, posto fogo na plantação dos irmãos. Ultimamente o gado do fazendeiro vinha entrando no roçado dos pescadores, porque tinha se tornado uma prática comum dos funcionários da fazenda abrir o portão para o gado pastar fora. O vaqueiro, segundo informações, é conhecido por ter cometido outros assassinatos.
Os moradores da comunidade ainda fizeram um Boletim de Ocorrência em Araioses (MA), município onde aconteceu o conflito, mas até o momento a polícia civil não havia se pronunciado sobre a situação
. Os vaqueiros continuam ameaçando as famílias da Boa Vista, proibindo-as de voltarem a área para colher a mandioca ou continuar plantando.
. Os vaqueiros continuam ameaçando as famílias da Boa Vista, proibindo-as de voltarem a área para colher a mandioca ou continuar plantando.
Local do conflito |
Intitulado Vidas em luta: criminalização e violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil (acesse aqui), o documento atribui o crescimento desse tipo de violência, no país, ao "cenário de golpe de estado, com retirada de direitos, criminalização, esvaziamento político e financeiro de órgãos como o Incra e a Funai".
No Nordeste, foram 24 assassinatos, com a maioria dos casos registrados no estado do Maranhão, com 15 mortos. Ali, além do conflito entre trabalhadores rurais e latifundiários, é marcante também a disputa entre estes últimos e as comunidades tradicionais como os pescadores, os povos indígenas e quilombolas.
Outro caso de violência contra os pescadores no Maranhão aconteceu na comunidade do Cajueiro, em São Luis do Maranhão, quando funcionários da construtora WTorres tentaram invadir a casa dos pescadores para ameaçá-los e expulsá-los de suas casas (ver matéria sobre o caso).
Outro caso de violência contra os pescadores no Maranhão aconteceu na comunidade do Cajueiro, em São Luis do Maranhão, quando funcionários da construtora WTorres tentaram invadir a casa dos pescadores para ameaçá-los e expulsá-los de suas casas (ver matéria sobre o caso).
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